Nada como dia
Dia após o outro
O Sol mais umas
Aquece o espírito da gosto
Mesmo de goela seca
Em meio multidão
De bombeta calsa bege
De rolê pelo centrão
Viva a humanidade
Viva a sua vida
Segue firme a esperança
Que nunca foi perdida
As vezes subtrai
E desequilibra
Porém eu corro atrás
Foco no ponto de partida
Quanto que andei
Quanto que sofri
O quanto que chorei
Pra chegar aqui
Me desfiz de bens
Muito até de mim
Mais quem perde vai achar
Motivos pra sorrir
A lágrimas que cai
Aponta para óbvio
Rega o desamor
Nascendo o puro ódio
Muitos almeja o pódio
Mais nunca andam sóbrio
Embriagados de ganância
Ferido ao seu próximo
Parece lógico
A cadeia alimentar
Chora menos quem pode mais
Não posso vacilar
Lobo em pele de cordeiro
Cuidado não arrisca
Homem mau fere mata
Não desacredita
Sigo enfrente procuro minha paz
Quem rega dor sofre demais
O desamor afeta a esperança
Viva na pureza de uma criança
Um gesto de amor
E de compaixão
Tá na simplicidade
De cada homem bom
Dentro do lixão
Pode nascer a flor
Lapidade pelo gueto
Que desabrochou
Só quem viu chorou
Até se emocionou
Vibrou com a vitória
Demais um sofredor
De que não se entregou
Mais lutou perseverou
Em tempos caóticos
Troféus já levantou
Orgulho pra família
Da mãe os olhos brilha
O filho com diploma
Não algemas da polícia
A vida é desafio
Já dizia racionais
Quantos encontro
A fórmula da paz
Já orei, já pedi
Já chorei já sorri
Já busquei encontrei
Mas também já me perdi
Alucinante devaneios
Mudo paradoxo
Viagem sideral
Pra dentro de si próprio
Examine a si mesmo
Pra ser relevante
Vai ter com as formigas
Em modo operante
Trabalho incessante
Forte na fraqueza
Mire para Lua
Acerte uma estrela
Sigo enfrente procuro minha paz
Quem rega dor sofre demais
O desamor afeta a esperança
Viva na pureza de uma criança
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